TPUs do Google ganham força e Foxconn entra na linha de produção

Imagem de: TPUs do Google ganham força e Foxconn entra na linha de produção

O interesse por ASICs ganhou força depois da chegada da plataforma Ironwood, a geração mais recente dos TPUs do Google.

Esses chips começaram a despertar atenção fora do Google e já circulam rumores de adoção por empresas grandes, como a Meta.

Por isso, os TPUs avançam como uma solução aberta ao mercado, deixando de ser algo restrito aos serviços internos da companhia.

De acordo com o Taiwan Economic Daily, a Foxconn recebeu pedidos para produzir trays de computação dos TPUs do Google e também deve colaborar nos planos da empresa para a área de robótica, ligados ao projeto "Intrinsic".

"Fontes do setor dizem que os servidores de IA do Google, construídos com seus TPUs próprios, são divididos em dois racks: um rack com os TPUs e outro com os trays de computação. Segundo a cadeia de produção planejada pelo Google, para cada rack de TPUs enviado, a Foxconn enviará um rack de trays de computação, resultando em uma proporção de fornecimento de 1:1." – Taiwan Economic Daily

Os TPUs de sétima geração do Google não são apenas chips isolados. A empresa montou uma infraestrutura escalável em formato de rack chamada "Superpod", que chega a 9.216 chips por pod e entrega algo na casa dos 42,5 exaFLOPS em cargas de trabalho FP8, usando o InterChip Interconnect (ICI).

O layout adotado é o 3D Torus, que facilita a conexão de milhares de unidades num espaço compacto. O relatório aponta que cabe à Foxconn produzir os trays de computação dentro do volume de racks encomendados.

Google Superpod

Com a inferência tomando conta da maior parte das cargas de IA, as empresas estão revendo sua infraestrutura para alcançar o melhor desempenho possível com um custo total mais controlado.

É aí que os TPUs do Google ganham espaço na fase de aplicações de IA. Isso também reacende a discussão sobre um possível cenário em que chips sob medida criados por Big Tech substituam soluções da NVIDIA.

Por ora, o ponto central é que a cadeia de suprimentos está vendo um interesse forte por parte do mercado nas soluções de TPU do Google.

Romário Leite
Fundador do TecFoco. Atua na área de tecnologia há mais de 10 anos, com rotina constante de criação de conteúdo, análise técnica e desenvolvimento de código. Tem ampla experiência com linguagens de programação, sistemas e jogos. Estudou nas universidades UNIPÊ e FIS, tendo passagem também pela UFPB e UEPB. Hoje, usa todo seu conhecimento e experiência para produzir conteúdo focado em tecnologia.