O iPhone Air foi tão mal no mercado que acabou puxando junto toda uma geração de smartphones ultrafinos. É como se o modelo tivesse encerrado uma ideia inteira antes dela sair do papel.
Segundo o DigiTimes, várias fabricantes chinesas — entre elas Xiaomi, Oppo e Vivo — deixaram de lado os planos de lançar rivais diretos do Apple iPhone Air.
Pra quem não acompanhou esse movimento desde o começo, a China só passou a liberar o uso de eSIM nacional recentemente, justamente quando a Apple lançou o iPhone Air totalmente baseado nessa tecnologia.
Agora, de acordo com o DigiTimes, as marcas chinesas querem aproveitar esse "fator novidade" investindo em eSIM em vários celulares da linha, ao invés de criar um modelo extremamente fino só pra servir como vitrine dessa função.
Produção do iPhone Air chegou ao fim antes do previsto
O site The Information informou que a Foxconn encerraria todas as linhas de produção do iPhone Air até o fim de novembro. Enquanto isso, a Luxshare — que também montava o aparelho — já tinha parado tudo em outubro por causa da queda nas vendas.
A mesma reportagem aponta que o iPhone Air 2 só deve sair na primavera de 2027. As primeiras notícias diziam que esse atraso tinha relação com a ideia de colocar um conjunto de duas câmeras no modelo ultrafino.
Só que, segundo Mark Gurman, da Bloomberg, a questão é outra: o chip A20 que a Apple quer usar deve ser feito no processo de 2nm da TSMC, com empacotamento WMCM (Wafer-Level Multi-Chip Module), que deixa peças como SoC e DRAM integradas direto no wafer.
Com a produção limitada do processo de 2nm da TSMC, a mudança no calendário — que empurra o lançamento do iPhone Air para acontecer junto com o iPhone 18 e o iPhone 18e na primavera de 2027, e não no outono de 2026 — acaba funcionando como uma forma de organizar o uso do chip A20, que deve ter disponibilidade bem restrita.
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iPhone Air ainda tem espaço dentro da estratégia da Apple
Gurman também comentou que a Apple sempre tratou o iPhone Air como um modelo que ficaria em torno de 6% a 8% das vendas anuais da linha.
Ou seja, não era um produto pensado para brigar entre os mais vendidos, mas sim um espaço onde a empresa poderia testar tecnologias e caminhos diferentes.
Marcas chinesas desistem da categoria enquanto consumidores seguem priorizando bateria
Já as fabricantes chinesas não parecem ter interesse em seguir nesse tipo de experimento. Com o pouco interesse do público em celulares muito finos, o foco dessas empresas tende a ser em entregar baterias maiores, já que a maioria das pessoas coloca autonomia bem acima de qualquer ganho que um design ultrafino possa trazer.








