A Intel decidiu tirar da sua linha de produtos a família de processadores Xeon 7 Diamond Rapids com 8 canais de memória, de acordo com um relatório recente.
A mudança veio depois de uma reorganização interna na área de servidores da empresa, que agora dá prioridade total ao modelo de 16 canais por causa da necessidade crescente de mais largura de banda de memória nos data centers.
Segundo novas informações, o Xeon 7 "Diamond Rapids", previsto para chegar em 2026, não terá mais a versão com 8 canais.
Essa linha era a sucessora direta do Xeon 6 "Granite Rapids-SP", mas acabou ficando de lado porque o mercado atual pede muito mais capacidade de memória. A própria Intel confirmou a mudança ao STH:
"Removemos o Diamond Rapids 8CH do nosso roadmap. Estamos simplificando a plataforma Diamond Rapids com foco em processadores de 16 canais e estendendo seus benefícios para toda a pilha de tecnologia, a fim de atender a uma variedade de clientes exclusivos e seus casos de uso." – Intel ao STH
A decisão mostra que a empresa quer focar totalmente na versão de 16 canais, já que ela aguenta muito mais memória e trabalha com uma largura de banda bem maior.
A variante com 12 canais também não segue em frente, já que teria limitações que impedem ela de alcançar o nível de desempenho necessário para cargas de trabalho modernas.
Hoje, tarefas pesadas de servidor — como IA, treinamentos de modelos grandes e virtualização em larga escala — usam memória de um jeito muito intenso.
Quanto mais canais, mais caminhos paralelos existem entre o processador e a memória DRAM. Isso evita gargalos e ajuda tudo a rodar mais rápido.
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Alguns rumores ainda apontam que o Diamond Rapids de 16 canais pode chegar a 12.800 MT/s, atingindo algo perto de 1,6 TB/s de largura de banda.
Essa mudança também ajuda a Intel na disputa com a AMD, já que a linha EPYC segue o mesmo caminho e aposta em plataformas com muitos canais.
A opção de manter a versão de 8 canais até teria custo menor, mas isso deixaria a Intel em desvantagem com o tempo, já que as cargas modernas puxam cada vez mais memória.
A estratégia agora é buscar um equilíbrio melhor entre custo e desempenho, para ficar mais competitiva no segmento de servidores.








